O Magazine Luiza apresentou prejuízo líquido de R$ 166,8 milhões no terceiro trimestre de 2022; o resultado reverteu lucro de R$ 143,5 milhões apresentado no mesmo período de 2021. Já o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) da companhia foi de R$ 496,1 milhões, alta de 268% em relação ao informado um ano antes.
O Magalu reportou também resultados ajustados, dos quais são retirados entradas e saídas não recorrentes nos valores de um ano atrás e nos atuais. Nesse caso, o Ebitda ajustado foi de R$ 527,5 milhões no terceiro trimestre de 2022, com alta de 50,3% ante o mesmo período de 2021. O prejuízo líquido ficou em R$ 146 milhões e reverteu lucro de R$ 22,6 milhões de um ano atrás.
De acordo com o diretor financeiro da companhia, Roberto Belíssimo, juros menos agressivos contribuirão para que a companhia consiga melhorar suas vendas e reduzir sua despesa financeira com, por exemplo, antecipação de recebíveis. Belíssimo diz não poder responder se a empresa só voltará a dar lucro quando os juros indicarem queda.
– Crescemos vendas, margem bruta e margem Ebitda. A principal diferença para a última linha está na despesa financeira, porque o CDI saiu praticamente de 2% para 14%. Isso é temporário. A boa notícia é que a taxa de juros já parou de subir e que a expectativa para o ano que vem é de que ela comece a cair – disse.
Do lado das vendas, a empresa tem buscado aumentar a participação de novas categorias por meio de seus lojistas virtuais. Assim, consegue diminuir a dependência de crédito para vender, já que começa a comercializar mais itens de tíquete médio menor. Nesse trimestre, as categorias de moda e beleza cresceram 45% e 52% respectivamente no marketplace do Magalu.
Na conta geral, porém, o crescimento foi bem mais modesto. As vendas totais, incluindo lojas físicas, e-commerce com estoque próprio e lojistas virtuais (marketplace) cresceram 2,2% e atingiram R$ 14,2 bilhões. Isso porque, mesmo com o avanço significativo de novas categorias, a queda de vendas em bens duráveis, atingidas em cheio pela alta de juros, puxa o total para baixo.
*AE