A senadora e ex-candidata à Presidência da República, Simone Tebet (MDB-MS), afirmou que apoiar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o segundo turno destas eleições foi a decisão “mais arriscada” que ela já tomou em toda sua carreira política.
Em entrevista ao Fantástico, a senadora, que também foi integrante da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid-19, afirmou que nunca esteve ao lado do Partido dos Trabalhadores (PT) antes.
– Depois do segundo turno, eu tive consciência do que é uma rejeição. Foi a decisão mais arriscada de toda a minha vida política, porque eu nunca estive do lado do PT, mas sempre estive do lado da democracia. Todo mundo fala que a gente é fruto do meio. Eu falo que a gente é fruto do meio e do tempo em que a gente nasceu – assinalou a parlamentar.
Tebet detalhou que durante as articulações com Lula, ela pôs condições, das quais citou uma:
– Olha, quando eu apresentei meu manifesto, eu disse que estava apoiando o presidente Lula, não por adesão, mas por um projeto de país. “Eu preciso que você incorpore pelo menos algumas das minhas propostas”. E apresentei cinco. Entre as cinco, eu coloquei a igualdade salarial de homens e mulheres, que é um projeto que está parado na Câmara e já foi aprovado no Senado – acrescentou.
A congressista ainda foi questionada se considera a si mesma feminista, e sua resposta foi sim.
– Feminista é toda aquela mulher que defende os seus direitos, sejam eles quais forem, até o direito de ser mãe e querer ficar dentro de casa, cuidar dos filhos. É um direito da mulher ser o que ela quiser. Se é esse o conceito de feminista, sim, eu sou feminista. Eu faço política para defender que as mulheres tenham igualdade de salários, estejam nos espaços de poder – defendeu.
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