O presidente Lula (PT) eliminou a Diretoria de Políticas de Educação Bilíngue de Surdos (Dipebs), atrelada ao Ministério da Educação (MEC), que foi criada em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL).
Por meio do decreto nº 11.342/23, o atual presidente descontinua um importante órgão que visava implementar políticas educacionais dedicadas ao ensino bilíngue, pesquisas inerentes à área, formação no segmento de educação para surdos e criação de escolas especializadas no ensino de Libras.
Ainda não foi apresentada nenhuma opção de substituição para o órgão que foi implantado com o protagonismo da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
A Dipebs sempre foi dirigida por um surdo e com a extinção, eles demonstram preocupação com o futuro do ensino de educação especial no governo Lula.
Michelle Bolsonaro compartilhou uma postagem da deputada federal eleita Amália Barros (PL-MT) que chamou essa decisão do MEC de “retrocesso”.
– Não estão levando em consideração anos de lutas da comunidade surda por uma educação bilíngue e de qualidade – destacou Amália.
LEIA COMUNICADO DIVULGADO PELA FEDERAÇÃO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E INTEGRAÇÃO DOS SURDOS
As Comunidades Surdas Brasileiras, em especial a cearense, vêm por meio desta nota repudiar o trecho do Decreto nº. 11.342, de 1º de janeiro de 2023, que suprime a Diretoria de Políticas de
Educação Bilíngue de Surdos da estrutura do Ministério da Educação. Esta Diretoria, que conta com o respaldo das comunidades surdas e sua principal instituição representativa, a Federação
Nacional de Educação e Integração dos Surdos, está prevista no Relatório Final de Política Linguística de Educação Bilíngue – Língua Brasileira de Sinais e Língua Portuguesa, do Grupo de Trabalho.
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