O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres desembarcou em Brasília na manhã deste sábado (14) e se entregou à Polícia Federal. Ele era alvo de uma ordem de prisão determinada na última terça-feira (10) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Torres era o ocupante do cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, mas estava nos Estados Unidos quando aconteceram os atos em Brasília que resultaram na invasão e depredação dos prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal.
Na terça, Moraes emitiu ordens de prisão preventiva tanto contra Torres quanto contra o ex-comandante da PM do Distrito Federal Fábio Augusto Vieira. Na decisão em que ordenou as detenções, Moraes justificou a medida com a alegação de que o comportamento dos dois colocava em risco a segurança de autoridades.
Logo que tomou conhecimento da decisão que determinou sua prisão, o ex-ministro da Justiça falou sobre o caso e negou qualquer ato de conivência com o vandalismo praticado contra os prédios públicos no último domingo na capital federal.
– Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos – afirmou.
Foi nas buscas na casa de Anderson Torres que a Polícia Federal (PF) encontrou a minuta de um decreto que seria utilizado para instaurar Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com o texto, a medida teria como objetivo “o pronto restabelecimento da lisura e da correção do processo eleitoral”.
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