O novo presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), deputado federal Marcelo Freixo (PT-RJ), quer saber quem são os 23 funcionários promovidos em dezembro do ano passado pelo então dirigente da agência e ex-ministro do Turismo, Gilson Machado.
A medida, tomada no final da gestão de Jair Bolsonaro (PL), beneficiou o seleto grupo com incremento nos salários. Todos os funcionários da Embratur são regidos pela CLT. A poucos dias da posse de Freixo, o ex-ministro ainda homologou mais duas promoções.
Por essa razão, órgãos de controle como o Tribunal de Contas da União (TCU), a Controladoria Geral da União (CGU) e a Administração Geral da União (AGU) foram acionados para apurar suspeitas contra Gilson Machado com relação às altas remunerações concedidas, logo após o segundo turno das eleições com a derrota de Bolsonaro.
“O primeiro passo será arrumar a casa. A situação na Embratur é de ineficiência e caos. Vamos passar um pente-fino nos contratos para acabar com o desperdício”, disse o novo presidente. Em novembro do ano passado, o ex-presidente nomeou Gilson Machado para um mandato de quatro anos. Porém, a lei que trata do órgão permite que o chefe do Executivo pode demiti-lo e assim foi feito.
A convite de Lula, Freixo assumiu a agência e divulgou em suas redes sociais que irá trabalhar para recuperar a imagem do país lá fora e capitalizar mais turistas, investimentos e empregos. De acordo com ele, a nova gestão será mais técnica e transparente, “retomando o foco no marketing, na promoção e no apoio à comercialização do Brasil no exterior”. O novo presidente ainda afirmou que o trabalho será executado com base na inteligência de dados, parcerias, inovação e com uma agenda de sustentabilidade e ações climáticas.
“Para superar esta crise e criarmos empregos, o que falta são políticas públicas e programas que fortaleçam o setor, em sintonia com as transformações recentes em nossa sociedade e o dinamismo que vimos em outros destinos turísticos no mundo”, concluiu.
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