Nesta quinta-feira (16), Japão e Estados Unidos iniciaram manobras militares conjuntas de grande escala, no sudoeste do arquipélago japonês. As ações são destinadas a melhorar a capacidade operacional dos dois países diante da presença crescente da China nessas águas.
Esses exercícios anuais, denominados Punho de Ferro, são realizados pela primeira vez fora da Califórnia desde que foram lançados em 2006. Nesta edição, as manobras contam com um total de 1,7 mil efetivos.
As manobras incluem a simulação de defesa e recaptura de ilhas remotas por meio de veículos anfíbios e aeronaves Osprey, e serão prolongados até o dia 12 de março, segundo o Ministério da Defesa japonês.
Entre os pontos onde serão realizadas está a principal ilha de Okinawa, Tokunoshima, e Kikaijima, que fazem parte da cadeia de ilhas do sudoeste do arquipélago japonês que constituem a primeira linha defensiva do país em potenciais conflitos.
Essas ilhas ficam perto de Taiwan e das Senkaku, pequenas ilhas desabitadas administradas por Tóquio, mas reivindicadas por Pequim, que as chama de Diaoyu.
As frequentes atividades de navios chineses em águas próximas a essas ilhas são um motivo de preocupação crescente para o Japão e de habituais protestos diplomáticos contra o país vizinho.
As relações entre Tóquio e Pequim esfriaram nos últimos anos devido a disputas territoriais, e o Japão classificou o gigante asiático como um “desafio sem precedentes” por sua ascensão militar na região e sua aproximação com a Rússia.
*EFE
Alexandre Almeida é jornalista profissional (DRT 7742/PE) e editor do portal Radar Político365. Possui experiência como ex-consultor de políticas públicas de juventude para a UNESCO e IBICT, além de ter atuado como assessor parlamentar na Assembleia Legislativa de Pernambuco.
