O presidente russo Vladimir Putin fez, nesta terça-feira (21), declarações enfáticas contra o Ocidente durante o tradicional discurso sobre o estado da nação. Ao tecer comentários sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e as intervenções de outros países no embate, o político disse que o Ocidente tem transformado a pedofilia em “norma”.
– Olhem o que eles fazem com seus próprios povos: a destruição das famílias, das identidades culturais e nacionais, a perversão e os maus-tratos de crianças, até a pedofilia são declarados como sendo a norma (…). E os padres são obrigados a abençoar os casamentos homossexuais – declarou.
No discurso, Putin assegurou que a Rússia atingirá os seus objetivos na Ucrânia “passo a passo” e que, por isso, irá até o fim no país vizinho.
– Há um ano, para proteger as pessoas em nossas terras históricas, para garantir a segurança de nosso país, para eliminar a ameaça representada pelo regime neonazista que surgiu na Ucrânia após o golpe de 2014, foi tomada a decisão de conduzir uma operação militar especial – declarou.
O chefe do Kremlin disse que a Rússia fez “todo o possível, realmente todo o possível para resolver este problema por meios pacíficos” e “negociou pacientemente uma saída pacífica deste conflito muito difícil”.
– Mas um cenário completamente diferente estava sendo preparado pelas nossas costas. As promessas dos governantes ocidentais, suas garantias sobre o desejo de paz no Donbass acabaram sendo, como vemos agora, uma falsidade, uma mentira cruel – considerou.
Putin argumentou que o Ocidente “simplesmente ganhou tempo, se envolveu em artimanhas e fechou os olhos para os assassinatos políticos, as repressões do regime de Kiev e encorajou cada vez mais os neonazistas ucranianos a liderar ações terroristas no Donbass”.
– E quero enfatizar que, mesmo antes do início da operação militar especial, Kiev estava negociando com o Ocidente o fornecimento de sistemas de defesa aérea, aeronaves de combate e outros equipamentos pesados para a Ucrânia – sustentou.
*Com informações EFE