A ONG Fundaredes, da Venezuela, denunciou nesta segunda-feira (17) que os direitos dos funcionários da estatal Corporação Venezuelana de Guayana (CVG) estão sendo violados devido aos salários “ridículos” que recebem.
Por conta disso, os trabalhadores tomaram a decisão de “se acorrentar” às portas do CVG, a fim de exigir que seus direitos sejam respeitados e que obtenham condições ideais para continuar seu trabalho diário, disse a Fundaredes em um comunicado.
O ativista Darío Graffe considerou que “não é justo” que os trabalhadores “que deram anos de suas vidas trabalhando no calor de um forno, para produzir matérias-primas e aumentar o desenvolvimento de Guayana, estejam atualmente ganhando migalhas em seus salários e benefícios, violando desta forma os seus direitos humanos”.
A este respeito, ele advertiu que os empregados realizam seu trabalho em condições “extremamente precárias”, pois “não têm nenhum seguro para garantir suas vidas em caso de acidente de trabalho”, não têm “transporte, alimentação ou um refeitório”, de modo que “parece que o empregador se esqueceu de seus trabalhadores”.
Na opinião de Graffe, a direção da empresa “afirma estar do lado dos trabalhadores porque se autodenomina operária, mas está voltando ao tempo dos escravos […], pela forma como mantém seus funcionários”.
*EFE