O tufão Haikui provocou chuvas históricas na província de Fujian, sudeste da China, que obrigaram a evacuação de mais de 36 mil pessoas, suspensão das aulas e dos transportes públicos. O fenômeno também causou prejuízos econômicos de mais de de 550 milhões de yuans (cerca de R$ 373,03 milhões).
Entre esta terça (5) e quarta-feira (6), 925 cidades ao redor da capital da província, Fuzhou, registraram chuvas superiores a 250 milímetros, com um máximo de 439,7 mm em Gaishan, conforme informou o jornal local Global Times.
A Estação Meteorológica Nacional de Wushan, em Fuzhou, registrou, na terça, chuvas de 203,1 milímetros em três horas e 240,4 milímetros em seis horas, batendo o recorde anterior (de 185 milímetros em três horas e 192,7 milímetros em seis horas) estabelecido pelo tufão Longwang, em 2005.
A intensidade e o volume das chuvas excederam os do tufão Doksuri, que atingiu Fujian no final de julho.
O tufão Haikui enfraqueceu para uma depressão tropical e se deslocou para sudoeste, mas seguirá afetando a maior parte de Fujian e outras províncias vizinhas com fortes chuvas.
As autoridades locais informaram que 49 dos 420 reservatórios na área municipal de Fuzhou ultrapassaram os limites de inundação e mais de 80 locais no centro da cidade sofreram inundações graves, com acumulações de água de até 1,4 metro no solo e quase quatro metros em uma passagem subterrânea.
Um total de 51.272 habitantes foram afetados pelo tufão, entre os quais 36.026 foram transferidos para locais seguros até a manhã desta quarta-feira.
De acordo com estatísticas divulgadas hoje pelo Ministério de Gestão de Emergências da China, 8,8 milhões de pessoas no país foram afetadas por desastres naturais em agosto, incluindo 168 pessoas que morreram ou desapareceram e 547 mil que foram realocadas.
*EFE