O radialista e apresentador de TV Raimundo Varela morreu, aos 75 anos de idade, na madrugada desta quinta-feira (7). Famoso na Bahia, ele estava internado desde o fim de agosto em uma clínica em Salvador. A causa da morte não foi divulgada pela família.
O corpo de Varela será cremado no Cemitério Jardim da Saudade, na capital baiana. Nascido em Itabuna, em uma família de professores, Varela se mudou ainda criança para Salvador.
De acordo com a Associação Bahiana de Imprensa (ABI), “antes de se tornar um ídolo da comunicação, (Varela) exerceu várias atividades laborais: trabalhou em uma fábrica de cimento, dirigiu um clube social e atuou como motorista de táxi. Com essa vivência, tinha profunda compreensão das mazelas enfrentadas pelas pessoas mais simples, o que gerava empatia entre os espectadores das camadas sociais menos favorecidas”.
A ABI ressalta ainda que Varela “marcou uma era, sendo inspiração para inúmeras gerações de radialistas e âncoras de programas de televisão”.
Ele começou a apresentar, em 1981, o programa Balanço Geral, que virou uma grande sensação na Bahia. A Record transformou o programa em franquia e o formato fez sucesso por vários cantos do Brasil.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também divulgou nota lamentando o falecimento do apresentador.
– Varela tem uma história de mais de 40 anos na comunicação baiana. Ele transformou a forma de fazer comunicação na Bahia e é uma perda inestimável. Ele também foi um amante do futebol, inclusive foi atleta, quando jogou pelo Leônico e Ypiranga. Que Deus possa conceder o conforto e resignação aos seus familiares e amigos – afirmou Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.
A CBF lembra que Varela também marcou história na crônica esportiva. Foi comentarista na TV Record Itapoan e comandou diversos programas na Rádio Sociedade.
No perfil oficial da TV baiana, seguidores lamentaram a morte do apresentador, referindo-se a ele como “a voz da Bahia”.
Muitos dizem dar “cartão verde” a Varela, lembrando um jargão criado por ele para aprovar certos acontecimentos. Já o “cartão vermelho” era dado como forma de reprovação.
*AE