O Ministério das Relações Exteriores e membros da ala política da Presidência da República estão envolvidos em um impasse sobre as agendas dos ministros durante as viagens internacionais de Lula.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reclamou com o presidente de que sua ida à comitiva era “figurativa”, pois ele não tinha nenhuma agenda importante para cumprir durante a viagem à África. As informações são do O Globo.
Ao saber do que estava acontecendo, Lula conversou com o chefe do cerimonial da Presidência, o embaixador Fernando Igreja, para que ele tomasse providências.
Assim, Haddad conseguiu comandar uma reunião com empresários africanos de empresas envolvidas na Lava Jato. Eles pedem a volta dos financiamentos do governo brasileiro em obras na Angola.
O ministro da Fazenda esteve reunido com 18 empresários representantes de empresas como a Novonor (ex-Odebrecht), Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão. Todos eles foram orientados por Haddad a fazerem uma carta à sociedade com o pedido para a volta desse financiamento.
O Itamaraty diz que as agendas das viagens internacionais são fechadas pela Presidência. Mas para integrantes do governo, falta empenho da pasta comandada por Celso Amorim para marcar compromissos relevantes para os ministros que acompanham Lula.