Irmão da cantora Marília Mendonça, João Gustavo disse que a família da artista discorda da conclusão do inquérito da polícia sobre o acidente. Para eles, atribuir a culpa da queda do avião somente aos pilotos e isentar a companhia energética de Minas Gerais faz com que a Justiça não seja feita.
– Faltou transparência. Para a família continua a dúvida. Achamos que para eles foi cômodo culpar os pilotos e isentar a companhia energética de Minas Gerais. Eles mesmo se culparam sinalizando os fios de alta tensão após o acidente. Isso é um fato, e contra fatos não há argumentos – declarou ele à coluna de Lucas Pasin, do portal UOL.
Na sequência, João diz que tão logo o inquérito esteja nas mãos do Judiciário, a família irá acompanhar e indagar as “questões que ainda não foram respondidas”.
– Minha mãe, assim como eu, espera respostas claras e objetivas. Acreditamos que a justiça ainda não foi feita e o caso não foi solucionado. Somos pessoas de fé e acreditamos que a justiça de Deus será feita. Essa não falha. Teremos um esclarecimento sobre os fatos – concluiu.
O advogado da família, Robson Cunha, considera que o inquérito trouxe “argumentos rasos”, que deixam a família “com mais dúvidas do que com respostas”.
– O delegado responsável não demonstrou esforços para apresentar provas periciais capazes de ultrapassar alegações comuns e midiáticas acerca do caso – acrescentou.
A conclusão do inquérito que investiga as causas da queda de avião que matou Marília Mendonça e outras quatro pessoas foi apresentada pela Polícia Civil de Minas Gerais nesta quarta-feira (4). A investigação apontou que o acidente ocorreu devido à negligência dos pilotos, e que não houve falha mecânica.
O inquérito concluiu ainda que a tripulação cometeu homicídio culposo triplamente qualificado, pois o piloto e o copiloto dispunham do necessário para analisar previamente o local e evitar acidentes. Entretanto, não é possível haver punição por causa da morte dos responsáveis. Dessa forma, a polícia sugeriu que o caso seja arquivado.
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