O Exército de Israel atacou, nesta quarta-feira (18), posições da milícia terrorista libanesa Hezbollah no sul do Líbano, em resposta ao lançamento de mísseis antitanque por parte desse grupo no 11º dia de fogo cruzado na fronteira entre os dois países, uma região que vive seu maior pico de tensão desde 2006.
– As Forças de Defesa de Israel estão atualmente alvejando os locais de origem de ataques no Líbano e continuarão a combater alvos terroristas pertencentes à organização terrorista Hezbollah – declarou um porta-voz militar israelense.
O Hezbollah confirmou que fez dois lançamentos de mísseis teleguiados na tarde desta quarta, um contra três posições militares ao longo da cidade libanesa de Naquora e o outro contra a colina de Al Tahyat.
Na última região, os alvos do ataque foram um “centro de reunião para soldados da ocupação e um sistema de vigilância”, afirmou o grupo xiita, que alegou ter causado várias vítimas nesses locais, incluindo pelo menos uma morte.
O Exército israelense, que não confirmou vítimas, informou que os disparos vindos do Líbano tinham como alvos os kibutzim de Manara e Rosh Hanikra, perto da fronteira, e alegou ter respondido mirando na origem dos disparos.
Além disso, as forças israelenses destruíram nesta quarta-feira pelo menos cinco postos militares no território libanês, depois de identificar vários lançamentos de mísseis antitanque do Líbano contra comunidades fronteiriças.
Pouco tempo depois, quando os alarmes de ataque aéreo soaram em várias cidades israelenses próximas à fronteira, o porta-voz militar anunciou que havia identificado nove lançamentos de foguetes a partir do Líbano, quatro dos quais foram interceptados por sistemas de defesa antiaérea.
Logo depois, as tropas do exército identificaram uma “célula terrorista” tentando lançar morteiros, que foi neutralizada por um drone israelense.
Israel também identificou ataques contra seus soldados em Shtula, um posto militar avançado em Zarit, bem como em Dvoranit e Har Dov, todos próximos à fronteira com o Líbano.
As hostilidades nessa região começaram um dia após o início da guerra entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas, em 7 de outubro. Ou seja, já são 11 dias consecutivos de combates entre as milícias no Líbano e as forças israelenses, o mais longo desde a guerra de 2006.
Esses ataques mútuos deixaram pelo menos 26 mortos: cinco em Israel – quatro soldados e um civil – e ao menos 21 no Líbano, incluindo sete civis – entre eles um cinegrafista da agência de notícias Reuters -, nove membros do Hezbollah e cinco integrantes de milícias palestinas.
*EFE