O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) assumiu, nesta quarta-feira (18), a responsabilidade pelo ataque perpetrado, nesta terça-feira (17), no parque nacional do sudoeste de Uganda. Como resultado, morreram um ugandês e dois turistas estrangeiros (um britânico e um sul-africano).
Em um comunicado publicado no canal do Telegram do EI e cuja veracidade não foi possível ser identificada, o grupo admitiu ser responsável pelo atentado que provocou a morte de três “cristãos”, dos quais um é “britânico” em um “novo ataque do califado no oeste de Uganda”.
A publicação detalhou que “os soldados do califado atacaram ontem um veículo em que estavam a bordo três turistas cristãos, um dos quais britânico” no Parque Nacional Rainha Elizabeth, na estrada que leva à cidade de Katwe, perto da fronteira de Uganda com a República Democrática do Congo.
De acordo com o comunicado, os membros do grupo “atacaram com metralhadoras, o que causou sua morte”, “queimaram seu veículo e retornaram às suas posições em segurança”.
Segundo confirmado à Agência EFE pelas autoridades ugandesas, um motorista ugandês e dois turistas estrangeiros morreram nesta terça-feira em um ataque atribuído às Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês), um grupo rebelde de origem ugandense que atualmente tem as suas bases nas províncias de Kivu do Norte e Ituri, perto da fronteira com Uganda.
Em novembro de 2021, ocorreram vários atentados no país, com homens-bomba detonando explosivos no centro da capital, Kampala, em um bar popular e dentro de um ônibus, causando pelo menos oito mortes (incluindo os agressores).
As autoridades também atribuíram a culpa desses ataques às ADF.
A incursão mais grave deste grupo rebelde em território ugandês ocorreu em junho, quando os insurgentes mataram pelo menos 42 pessoas, incluindo 37 estudantes, em uma escola no distrito de Kasese, no oeste do país.
*EFE