Em um depoimento à Polícia Federal, o general da reserva Laércio Vergílio defendeu a prisão do Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), alegando ser “necessária para a volta da normalidade institucional e a harmonia entre os Poderes”. As informações são da Folha de São Paulo.
Durante o depoimento, Vergílio, juntamente com outros oficiais, teria utilizado sua influência militar para tentar instigar apoio a ações destinadas a manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.
Em uma transcrição de áudio enviada pelo general ao ex-major Ailton Gonçalves Moraes Barros, é mencionada a necessidade de uma missão ao comandante da Brigada de Operações Especiais de Goiânia para a prisão de Alexandre de Moraes, na casa do ministro.
Ao ser questionado sobre os detalhes da suposta prisão, Vergílio afirmou não ter conhecimento e negou qualquer participação em atividades de monitoramento ou vigilância de Moraes.
Apesar das alegações de Vergílio, ele negou qualquer planejamento de golpe de Estado, mas admitiu a organização de uma “operação especial” que, segundo ele, visava garantir a ordem constitucional, baseada nos argumentos apresentados pelo jurista Ives Gandra Martins.
A operação especial, conforme mencionado pelo general da reserva, estava destinada a implementar a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) temporariamente, até que a “normalidade constitucional se reestabelecesse”.