Ronaldo Caiado (União Brasil, à direita na foto), falou abertamente pela primeira vez sobre sua pretensão de concorrer à Presidência da República em 2026. Em entrevista publicada pela Folha de S. Paulo nesta segunda-feira, 25, o governador de Goiás falou abertamente para confirmar o que suas movimentações recentes já indicavam.
“O desejo sempre existiu, nunca neguei. Até porque fui o candidato mais novo da história do país, com 39 anos de idade, em 1989, não é nenhuma surpresa. Me coloquei como candidato naquela época que ninguém tinha coragem de defender o setor rural, a livre iniciativa, o direito de propriedade”, disse à Folha.
Segundo ele, “é um trajeto ainda muito longo, de um assunto que vai ser tratado em 2026”, mas, por enquanto, o governador só enxerga um impedimento a sua pretensão: Jair Bolsonaro.
“Primeiro [é preciso] avaliar se essa decisão [de inelegibilidade de Bolsonaro] realmente será definitiva. Se ele tiver condições de ser candidato, é indiscutível a liderança que ele exerce para poder ser candidato. Ora, não sendo ele, a minha trajetória de vida é exatamente no mesmo eleitorado do presidente Bolsonaro”, comentou.
Israel
Caiado esteve em Israel na semana passada junto com Tarcísio de Freitas (Republicanos), outro governador cotado para a sucessão presidencial de 2026. Os dois pediram desculpas aos israelenses pelas declarações de Lula, que comparou a ação militar de Israel em Gaza ao Holocausto.
“Nossa agenda do dia em Israel começou com uma visita ao presidente do país, Isaac Herzog. Conversamos sobre os impactos do conflito, o rastro de destruição deixado e reforçamos a importância do diálogo e da promoção da paz. Fiz questão também de levar o meu pedido de desculpas a todos os israelenses por uma fala infeliz do presidente da república comparando a guerra ao holocausto. Saibam que serão sempre bem-vindos ao nosso estado”, publicou o governador em uma de suas postagens sobre o assunto.
Pandemia
Caiado se reaproximou recentemente de Bolsonaro após desentendimentos na época da pandemia de coronavírus. O governador, que é médico, foi questionado sobre isso pela Folha e desconversou com um “prefiro não comentar”. Quando perguntado sobre o impacto de sua participação no ato de 25 de fevereiro convocado por Bolsonaro na relação com o governo Lula, respondeu o seguinte: “Eu não confundo sinais, jamais. Eu não misturo campanha eleitoral com administração de Estado”.
“Em relação à minha amizade com o presidente Bolsonaro, eu sempre tive muita independência em relação a tudo que faço. Sempre fui uma pessoa aliada, mas nunca fui subjugado. É diferente. Aliado não quer dizer que tem que concordar em tudo. A minha posição é de conhecimento científico. Sou médico, cirurgião”, disse Caiado.
Anistia
O governador defendeu ainda anistia para os condenados pelo vandalismo do 8 de janeiro: “Afinal de contas, são momentos que nós precisamos buscar arrefecer o clima do nosso país para ter governabilidade. Não se governa com essas ferramentas que nós estamos vivendo. Já se passou um ano e três meses”.
Fonte: O Antagonista.
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