Depois de receber em seu gabinete representantes da União de Mães de Anjo (UMA), entidade formada por mães de crianças que tem microcefalia causada pela Síndrome Congênita do Zika Vírus, o deputado estadual Rodrigo Farias (PSB) deu entrada com pedido de informação junto ao Governo do Estado. O documento foi protocolado na tarde desta quinta-feira (11) e visa colher informações sobre previsão de cirurgias ortopédicas para as crianças, já que a associação das mães garante que o poder público as abandonou.
Rodrigo Farias recebeu as denúncias durante reunião com Germana Soares, presidente da União de Mães de Anjos e vice-presidente da UniZika, organização nacional dedicada à luta por políticas públicas para as famílias afetadas pela Síndrome Congênita do Zika Vírus. “É uma situação que nos toca e toca a todas e todos os pernambucanos. Essas crianças sofrem com muita dor e precisam urgentemente dessa cirurgia. E esse pedido de informação é para que possamos saber o planejamento do governo para assistência a essas famílias e para poder cobrar as medidas necessárias”, explicou o deputado.
O documento solicita informações como a quantidade de cirurgias ortopédicas realizadas em crianças com microcefalia no ano passado, quantas estão previstas para esse ano e se já foi iniciada a compra de placas ortopédicas, material que é utilizado nesse tipo de cirurgia. O pedido de informação foi endereçado à governadora Raquel Lyra, à secretária de Saúde, Zilda do Rego Cavalcanti, ao secretário de Assistência Social, Carlos Eduardo Braga Farias, ao secretário de Criança e Juventude, Ismênio Bezerra, e ao secretário de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional, Fabrício Marques Santos.
A Síndrome Congênita do Zika Vírus causa má formação óssea e dores insuportáveis, sendo necessária a realização de intervenções cirúrgicas. Segundo os familiares das crianças com microcefalia, sem as cirurgias, as vítimas choram de dor. Essa síndrome foi descoberta em 2015, devido à alteração do padrão de ocorrência de microcefalia em nascidos vivos no Brasil. Na época, o evento foi considerado uma Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e posteriormente Internacional.