A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), publicou um artigo no site oficial da sigla com suas reflexões sobre a relação entre o Brasil e a China, destacando a importância de colocar a política no comando para impulsionar o desenvolvimento industrial e tecnológico do Brasil.
Em parte do artigo, a deputada comenta que “o Brasil e o mundo, tratam a China como uma aberração, antidemocrática, totalitária”, mas ela discorda. A parlamentar diz então que as pessoas que pensam isso da China “acham que nosso modelo político deveriam ser os Estados Unidos e a Europa – onde a extrema-direita vem crescendo”.
Dito isto, Gleisi declara que a política chinesa não representa uma ameaça mundial.
– Nossa opinião a esse respeito é a seguinte: não é a China que ameaça a paz nem a democracia no mundo. A ameaça à paz e à democracia está mais ao Ocidente, digamos assim.
Gleisi Hoffmann escreveu ainda que sua viagem não foi para que o PT copiasse o modelo do Partido Comunista da China (PCCh), mas sim para para conhecer e respeitar a história e as experiências práticas que transformaram a China em uma potência econômica, tecnológica e científica, sem perder de vista o modelo de desenvolvimento brasileiro baseado em soberania, igualdade, liberdades democráticas e desenvolvimento.
A deputada afirmou também que “não precisamos ir à China para defender algo que já defendemos desde que o PT foi fundado: um país soberano, um país igualitário, um país com liberdades democráticas, um país desenvolvido. E um ‘socialismo com características brasileiras’”.
Alexandre Almeida é jornalista profissional (DRT 7742/PE) e editor do portal Radar Político365. Possui experiência como ex-consultor de políticas públicas de juventude para a UNESCO e IBICT, além de ter atuado como assessor parlamentar na Assembleia Legislativa de Pernambuco.
