Nesta sexta-feira (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que o ministro Juscelino Filho (União Brasil) deve ser considerado inocente até que se prove o contrário. O responsável pela pasta das Comunicações foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por suposto desvio de verbas de emenda parlamentar durante o período que foi deputado federal.
– Para mim, todo cidadão é inocente até que se prove o contrário – disse o petista sobre a situação de Juscelino, de quem ele declara ter orgulho de fazer parte de seu governo.
Lula concedeu uma entrevista à rádio maranhense Mirante News FM, estado de Juscelino, e foi questionado sobre as investigações da PF.
– Aí você pode me perguntar “ah mas tem um problema de indiciamento com o Juscelino” (…) Se o cidadão tem um pedido de indiciamento, e esse pedido de indiciamento ainda não foi concedido pela PGR e nem pela Suprema Corte, eu tenho que aguardar o processo – respondeu o presidente.
Seguindo o assunto, Lula disse que faz questão de conversar com todos os ministros quando há alguma denúncia. Ele os convida para uma reunião em sua sala e questiona sobre o que está sendo falado sobre eles.
– Eu chamo eles na minha sala e falo o seguinte, “olha, a verdade absoluta só você quem sabe. Ninguém sabe. É você e Deus, e eu quero que você me diga. Você fez, ou não fez? Se você fez, meu caro, peça licença e vá embora. Se não fez, brigue. Brigue”.
INVESTIGAÇÃO
Segundo a Polícia Federal, Juscelino integrava uma organização criminosa de fraudes licitatórias de obras envolvendo verbas federais da estatal Codevasf. Conforme as investigações, o ministro desviava emendas parlamentares na época em que atuava como deputado federal a fim de enviá-las para obras na cidade de Vitorino Freire, no Maranhão, cuja prefeita é sua irmã, Luanna Rezende.
O ministro entrou na mira da PF após a corporação encontrar uma troca de mensagens entre ele e o empresário Eduardo José Barros Costa. Conhecido como Eduardo DP, ele é sócio oculto da Construservice, empreiteira vice-líder em licitações da Codevasc e principal empresa apontada no esquema.
Eduardo chegou a ser preso na primeira fase da Operação Odoacro. Em relatório, a PF descreve como “cristalina a relação criminosa pactuada entre Juscelino Filho e Eduardo DP”, que comandava o esquema.
Em nota, Juscelino negou irregularidades e garantiu que provará sua inocência. Ele ainda afirmou que o indiciamento é uma “ação política e previsível, que parte de uma apuração que distorceu premissas, ignorou fatos e sequer ouviu a defesa sobre o escopo do inquérito”.
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