A líder da extrema direita na França, Marine Le Pen, disse em entrevista à CNN não se considerar de extrema direita, contrariando a forma como tem sido apontada pela grande impressa.
– Acho que o uso do termo extrema direita carrega um estigma e é muito pejorativo. Não corresponde ao que somos, nem ao que é a extrema direita nos Estados Unidos – afirmou Le Pen à âncora da CNN dos EUA Christiane Amanpour.
– Primeiro, eu não concordo com o termo extrema direita, que no seu país se refere a pequenos grupos que são extremamente radicais e violentos. O que equivalente ao que somos nos Estados Unidos seria entre centro-direita e centro-esquerda, no que diz respeito a ideias – acrescentou.
Na sequência, Le Pen disse que não dá para “colocar todos no mesmo barco”, alegando ter se distanciado do partido alemão AfD.
– Então, em cooperação com Giorgia Meloni, e com nossas diferenças também, nós nos chamamos de patriotas. Em outras palavras, defendemos a existência e o poder das nações, dentro da União Europeia, porque as nações são a expressão do povo francês – completou.
Durante a entrevista, ela voltou a tecer críticas ao presidente francês, Emmanuel Macron, além de afirmar que não pretende fazer com que a França deixe a União Europeia em uma espécie de “Frexit”.
– Não vamos sair da União Europeia, mas por uma razão muito simples: agora temos os meios, com diversos aliados, e os franceses nos deram essa força política para entrar em negociações – concluiu.
Sobre as eleições, que acontecem neste domingo, Le Pen disse ainda que, caso seu partido não atinja maioria absoluta, esta será formada com outros parlamentares, que aceitem o que pretendem alcançar como política.
*AE