O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), negou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá direito a vetar o apoio dos deputados a algum candidato para a sucessão na direção da Casa no ano que vem. As declarações ocorreram nesta segunda-feira (15), em entrevista à CNN Brasil.
– A minha conversa com o presidente Lula sempre foi muito clara. Em todas as conversas, ele disse que eu teria o direito de fazer, ou tentar fazer, o sucessor, como ele quer fazer o dele quando deixar a Presidência da República – declarou.
Lira continuou:
– Isso é um direito de quem está, de quem conduz, de quem negocia, de quem ouve, de quem conversa. Lógico que tem muitos fatores. A gente falar de veto, ou de escolha, não.
Segundo o presidente da Câmara, deve haver “conversas nos níveis que a gente tem hoje”. Ele disse ter feito ao Planalto uma garantia “de segurança econômica, de não ter nenhum tipo de pauta que cause transtorno econômico e de não ter nenhuma mudança brusca no comportamento político, ou seja, não instabilizar, e não deixar de se posicionar”.
Na ocasião, Lira afirmou que há “três grandes nomes” e que, em agosto, os deputados devem amadurecer uma unidade em torno de algum dos concorrentes.
A eleição ocorrerá no início do ano que vem. Até o momento, os nomes em destaque na disputa pela sucessão de Lira são o do líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), o do líder do PSD na Câmara, Antonio Brito (BA), e o do presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP).
Também têm sido citados pelos deputados, como nomes que correm “por fora”, Isnaldo Bulhões (MDB-AL), Hugo Motta (Republicanos-PB) e Dr. Luizinho (PP-RJ). Os três são líderes partidários.
*AE