A Polícia Metropolitana de Londres (Met ou Scotland Yard) informou nesta terça-feira (29) que emitirá inicialmente 20 multas como parte da investigação policial sobre as festas realizadas em Downing Street e escritórios do governo durante a pandemia de coronavírus.
– Hoje começaremos a enviar 20 avisos de multa por violações das normas contra a Covid-19 – afirmou a Scotland Yard em um comunicado, sem especificar as pessoas afetadas pela multa.
A polícia também não irá confirmar quais eventos penalizam as sanções por terem violado as regras sociais para conter o vírus. No entanto, Downing Street, residência e gabinete oficial do primeiro-ministro, Boris Johnson, salientou que o Executivo comunicará publicamente se estiver entre os indivíduos multados.
Especificamente, a polícia encaminhará as multas ao chamado Gabinete de História Criminal (ACRO), responsável por emitir as sanções aos indivíduos envolvidos, que, por sua vez, têm 28 dias para pagá-las ou refutá-las.
Se escolherem a segunda opção, a polícia terá de rever o caso e decidir se retira a sanção ou transfere-a para o tribunal.
– Estamos fazendo todos os esforços para levar essa investigação adiante rapidamente e concluímos várias avaliações – disse um porta-voz da polícia em comunicado.
Na nota, a Scotland Yard também aponta que “devido à quantidade significativa de material investigativo que precisa ser avaliado, mais casos podem ser encaminhados à ACRO”.
O Met está investigando 12 eventos que podem ter violado as regras dos bloqueios pandêmicos, incluindo três reuniões envolvendo o primeiro-ministro Boris Johnson. Segundo um porta-voz do primeiro-ministro, Boris Johnson não recebeu nenhuma notificação.
Como parte de suas investigações, os agentes enviaram mais de uma centena de questionários em fevereiro passado, nos quais perguntavam aos supostos envolvidos a participação nos eventos.
Na semana passada, a Scotland Yard informou que começou a entrevistar as principais testemunhas dessas festividades, realizadas entre 2020 e 2021.
A polícia tem mais de 300 fotografias e 500 páginas de documentos com supostas provas das partes, que também foram objeto de uma investigação independente da alta funcionária Sue Gray, cujo relatório não pôde ser emitido na íntegra para não interferir com o do Met.
*Com informações da EFE