O governo da Bélgica decidiu expulsar, nesta terça-feira (29), ao menos 21 pessoas credenciadas como diplomatas na Embaixada da Rússia, em Bruxelas, e no Consulado-Geral da Rússia, na Antuérpia, por envolvimento em supostas operações de espionagem e influência que ameaçam a segurança belga. Os afetados pela decisão devem deixar a Bélgica dentro de 15 dias.
– Esta decisão não é uma sanção, está apenas ligada à nossa segurança nacional. Os canais diplomáticos permanecem abertos com a Rússia, a embaixada russa pode continuar funcionando e continuamos defendendo o diálogo – disse a ministra das Relações Exteriores, Sophie Wilmès.
A medida foi adotada em coordenação com a Holanda, que anunciou, também nesta terça, a expulsão de 17 “oficiais de inteligência” de Moscou que estavam ligados às representações russas na Holanda “sob cobertura diplomática”. Como as autoridades belgas, os holandeses argumentaram que a presença dos oficiais no país era “uma ameaça à segurança nacional”.
Em uma breve mensagem, o ministro das Relações Exteriores da Holanda, Wopke Hoekstra, explicou que a medida foi tomada em coordenação com outros países “com a mesma opinião” e foi realizada “no contexto da segurança nacional”.
A detecção desses agentes foi fundamentada em informações do Serviço Geral de Inteligência e Segurança (AIVD) e do Serviço Militar de Inteligência e Segurança (MVID) da Holanda.
*EFE