Ao comentar a ofensiva ucraniana em Kursk, o ditador russo acusou os “líderes de regime de Kiev” de não só estarem “cometendo crimes contra o povo russo, como também embarcando no caminho do extermínio dos ucranianos”.
“As perdas das forças armadas ucranianas estão aumentando dramaticamente, mesmo entre as unidades mais prontas para o combate que o inimigo está deslocando para a nossa fronteira” declarou Putin.
“O inimigo certamente receberá uma resposta adequada e todos os objetivos que buscamos serão, sem dúvida, alcançados”, completou.
Milhares de soldados ucranianos
Fontes ucranianas indicaram que milhares de soldados foram envolvidos na sua incursão na província russa de Kursk, enquanto Moscou e Kiev trocavam acusações sobre um incêndio na central nuclear ocupada de Zaporizhzhia, 400 quilômetros a sul.
Um oficial de segurança ucraniano disse à Agence France-Presse que o objetivo da incursão era desestabilizar a Rússia e isolar as forças russas com ataques leves e rápidos. Ainda não está claro até que ponto a operação será sustentável a médio prazo, face às ameaças do Kremlin de que será extinta com recurso às reservas russas.
A Rússia sugeriu que várias centenas de soldados ucranianos lançaram um ataque surpresa na terça-feira, mas a autoridade ucraniana disse que os números eram maiores. Questionado sobre se estavam envolvidos mais de 1.000 soldados ucranianos, o responsável disse: “São muito mais… Milhares”.
“A última esperança da Ucrânia”
Segundo a agência de notícias estatal russa, TASS, um prisioneiro ucraniano teria dito, sob interrogatório russo, que a ofensiva ucraniana na fronteira com a Rússia tinha como alvo conquistar Kursk e Belgorod para forçar Moscou a negociações de paz e que a operação chamava-se “A última esperança da Ucrânia”.
O ditador russo admitiu novos avanços ucranianos e disse que Kiev deveria se dirigir agora para a “região de Bryansk”.
“A região de Bryansk está relativamente calma. Mas não significa que amanhã esteja na mesma situação”, avisou Putin.
Nesse sentido, apelou às forças de segurança e às secretas para “se prepararem” em avanço para esse cenário.
Fonte: O Antagonista.