Nesta terça-feira (20), o Hamas rejeitou a mais recente proposta de trégua na Faixa de Gaza, que, de acordo com os Estados Unidos, foi aceita por Israel. A resistência ocorre pelo fato do acordo não incluir duas das principais exigências do grupo terrorista, um cessar-fogo integral no enclave e a retirada total das tropas israelense de Gaza.
Segundo informações divulgadas pela imprensa, a última proposta inclui o controle israelense dos chamados corredores Philadelphi, uma fronteira entre Gaza e o Egito usada durante anos pelos islamistas para o contrabando de armas, e Netzarin, uma rota militar criada por Israel que divide o enclave em dois.
A determinação também inclui a possibilidade de um cessar-fogo permanente apenas em uma segunda fase, em condições que seriam negociadas uma vez concluída a primeira. A proposta permite ainda que Israel retome suas “operações militares” se o Hamas não cumprir com as exigências.
– O que foi recentemente apresentado ao movimento constitui um golpe de Estado contra o que as partes alcançaram em 2 de julho, com base na própria declaração de Biden de 31 de maio e na Resolução 2.735 do Conselho de Segurança de 11 de junho – desaprovou o grupo islâmico em um comunicado.
O Hamas também criticou as declarações do presidente dos EUA, classificando-as como “enganosas” e “enviesadas”. O americano disse que o grupo terrorista está “afastando-se” da possibilidade de chegar a um acordo. A declaração de Biden ocorreu após discurso na abertura da Convenção Nacional Democrata, em Chicago.
De acordo com o jornal O Globo, o presidente americano declarou ainda que as negociações “ainda estão em jogo”, mas que “não dá para prever” o que ocorrerá.
Nesta segunda-feira (19), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, se reuniu com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Na ocasião, Israel aceitou a proposta de transição apresentada pelos Estados Unidos, na última semana, nas negociações em Doha.
– O próximo passo é o Hamas dizer sim – destacou Blinken.
– Estão sendo feitos esforços para libertar o máximo número de reféns vivos na primeira fase da transação – garantiu Netanyahu após a reunião com o secretário de Estado dos Estados Unidos.
*Com informação EFE
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