Depois de deixar Gabriel Galípolo (foto) de sobreaviso em Brasília, o presidente Lula (PT) ainda trabalha com o Senado para pavimentar a indicação do atual chefe da autoridade monetária do Banco Central (BC) para a presidência da instituição. O economista é o principal cotado para para assumir o posto atualmente ocupado por Roberto Campos Neto.
A indicação para a presidência do BC precisa ser analisada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. O governo trabalha com a expectativa de que a sabatina de Galípolo ocorra antes das eleições municipais de outubro.
Apesar disso, o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), presidente da CAE, afirmou que ainda não foi procurado pelo Palácio do Planalto para tratar sobre o cronograma para a sabatina. “Chance zero. Peraí, ninguém sabe nem quem é [o indicado]. Aqui não é pastelaria”, declarou o senador.
O plano do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, era aprovar as indicações na primeira semana de setembro, quando o Senado fará um esforço concentrado com votações presenciais em meio a um período de Congresso esvaziado por conta do período eleitoral.
“Olha, sou presidente da comissão, eu conduzo os trabalhos, não defino. Tenho de ouvir se há clima e se há ambiente para que isso aconteça. Não posso simplesmente tomar uma decisão sozinho. Nem o governo vai querer”, afirmou o presidente da CAE.
Na semana passada, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse ter conversado com Lula sobre a indicação para a presidência do BC. Na ocasião, ele alegou que precisaria buscar um “entendimento” com a CAE para definir um cronograma para a sabatina.
“A princípio, nós vamos conversar com o senador Vanderlan Cardoso, que é presidente da Comissão de Assuntos Econômicos. Essas indicações são sabatinadas na CAE, e vamos buscar ter com ele um entendimento de cronograma em relação a essas sabatinas. Mas óbvio que precisa ter essa indicação para que tenha essa definição”, declarou Pacheco na ocasião.
Fonte: O Antagonista.