O Banco Central da China revelou um abrangente pacote de estímulo econômico, o mais expressivo desde o início da pandemia, com o objetivo de enfrentar a deflação e alcançar as metas de crescimento estabelecidas pelo governo. As medidas incluem cortes nas taxas de juros e um aumento no financiamento, mas especialistas alertam que será necessário um suporte fiscal adicional para que os resultados sejam efetivos. Pan Gongsheng, presidente do banco central, anunciou uma redução de 0,50 ponto percentual na taxa de compulsório, o que permitirá a liberação de aproximadamente 1 trilhão de iuanes para novos empréstimos.
Além disso, a taxa de recompra reversa de sete dias também sofrerá um corte de 0,20 ponto percentual, com a intenção de aumentar a liquidez no sistema financeiro. O pacote de estímulo também abrange o setor imobiliário, com a diminuição das taxas de juros para hipotecas já existentes e a redução das exigências de entrada para a aquisição de uma segunda residência. O mercado imobiliário chinês enfrenta uma séria desaceleração, resultando em dificuldades para diversas incorporadoras.
Para fortalecer o mercado de capitais, o banco central implementou novas ferramentas, como um programa de swap e empréstimos a juros baixos para instituições financeiras. Após o anúncio das medidas, a Bolsa da China registrou sua maior alta em mais de dois anos, refletindo uma reação positiva dos investidores.
No entanto, economistas levantam dúvidas sobre a eficácia dessas ações, especialmente diante da baixa demanda por crédito. Embora o pacote de estímulo seja considerado significativo, muitos acreditam que ele pode não ser suficiente para reverter a situação econômica sem um impulso fiscal adicional.
Fonte: Jovem Pan.