Nesta quinta-feira (5), a Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) limitou o uso da Janssen, vacina de dose única contra Covid-19 da Johnson & Johnson. A decisão ocorreu após o órgão analisar o risco de coágulos sanguíneos raros, mas graves.
Em comunicado, a agência federal disse que a autorização emergencial do imunizante da J&J agora será restrita a maiores de 18 anos para quem não há outras vacinas disponíveis ou clinicamente apropriadas, ou que não desejam receber outra vacina.
A mudança se deve ao risco de uma pessoa desenvolver um tipo de coágulo sanguíneo raro e perigoso, chamado síndrome de trombose com trombocitopenia (TTS) após a administração da vacina.
– Temos monitorado de perto a vacina e o aparecimento de TTS após a inoculação e usamos informações atualizadas de nossos serviços de segurança para revisar a autorização de emergência – afirmou Peter Marks, diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da FDA.
Segundo dados oficiais, cerca de 18 milhões de doses da Janssen foram administradas nos EUA, o que representa cerca de 7,7% dos cidadãos que se consideram totalmente vacinados no país.
A FDA, no entanto, destacou a raridade dessa condição perigosa, com 3,23 casos por cada milhão de doses da vacina administradas e nove mortes confirmadas.
Em dezembro de 2021, as autoridades sanitárias americanas já haviam recomendado o uso das vacinas da Pfizer e da Moderna como preferidas às da Johnson & Johnson.
Os EUA, país mais atingido pela pandemia de Covid-19 com quase um milhão de mortes, tem 66% da população vacinada com o esquema completo.
*EFE