A Polícia Federal (PF) marcou para a próxima quinta-feira (28) o depoimento do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, um dos militares das Forças Especiais do Exército presos na última terça (19), pela trama de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Azevedo é o único dos cinco presos pela PF que não figura na lista dos 37 indiciados pela corporação pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Além dele, foram presos o general da reserva Mário Fernandes, os tenentes-coronéis Rafael Martins de Oliveira e Hélio Ferreira Lima, além do agente da PF Wladimir Matos Soares.
A expectativa é que ele passe a ser o 38º da lista depois de seu depoimento.
Os militares e o agente da PF foram presos na esteira da Operação Contragolpe, que identificou um “detalhado planejamento operacional” chamado Punhal Verde e Amarelo, previsto para ser executado em 15 de dezembro de 2022, com o assassinato de Lula e Alckmin.
O suposto plano também incluía a execução de Moraes, que era monitorado continuamente, caso o golpe fosse consumado. Uma planilha com o planejamento estratégico dividido em cinco fases; e a minuta de criação de um gabinete de crise, que “pacificaria” o país após a ruptura institucional.
A PF entende que o militar “associou-se à ação clandestina que tinha a finalidade de prender/executar o ministro Alexandre de Moraes, empregando técnicas de anonimização para se furtarem à responsabilidade criminal, visando consumar o golpe de Estado”. A anonimizaçao consistia em usar técnicas, telefones, codinomes para esconder a participação no esquema.
Fonte: Pleno News.