O cenário de Goiana não é muito diferente do que se vê na maioria das cidades do interior nordestino.
Nota-se a incapacidade fiscal da grande maioria em lidar com as deficiências de infraestrutura urbana.
Novos investimentos em projetos geralmente dependem dos governos estadual e federal. Projetos viabilizados por meio de créditos e empréstimos encontram limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Portanto, o horizonte de mudança qualitativa da economia goianense é limitado — tanto pelo crescimento tímido da receita própria, quanto pelos parâmetros prudenciais de endividamento.
O que fazer?
Usar a imaginação criativa.
Formular uma engenharia institucional que aumente o potencial de investimento da cidade, por meio da associação entre capitais públicos e privados, destinados a financiar projetos com retorno econômico.
É preciso investir em áreas vocacionadas para o terciário moderno — com ênfase no campo digital e no empreendedorismo ambiental.
Três setores devem ser priorizados: o digital, a promoção turística e a gestão ambiental — vocações da economia contemporânea.
Também vale considerar estudos e projetos ligados à sustentabilidade do Rio Goiana.
Não podemos esquecer que Goiana está estrategicamente situada entre duas capitais. É fundamental estimular estudos e iniciativas que aproveitem essa posição geográfica privilegiada para gerar desenvolvimento econômico.
*Harlan Gadêlha Filho é advogado, ex-deputado federal, constituinte de 1988 e presidente do IHAGGO.
Radar Político365 é o seu portal de notícias sobre o cotidiano da política, sem esquecer de acompanhar os fatos relevantes do estado e nacional.