O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou nesta segunda-feira (28) que houve uma demora, por parte do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), na apuração de denúncias de fraudes de descontos irregulares em aposentadorias e pensões.
Na semana passada, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) realizaram a Operação Sem Desconto, que apura um esquema que pode ter desviado até R$ 6,3 bilhões de aposentadorias e pensões de beneficiários do INSS.
“Em junho de 2023, se começou, dentro do INSS, uma autarquia independente, a se fazer a verificação de todas as denúncias apresentadas, que não era a primeira vez, o 135 [Central do INSS] recebe toda hora uma denúncia, de alguém que se sente enganado, de alguém que diz que não autorizou, não só associativista, mas também de consignado”, afirmou Lupi.
“Eu pedi à época, instruí, para que o INSS, que é a instituição responsável pela ação dessa política pública, começasse a apurar essas denúncias apresentadas. Levou-se tempo demais”, completou o ministro.
Lupi deu as declarações durante reunião do Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), em Brasília.
Reportagem exclusiva do Jornal Nacional, da TV Globo, revelou que o ministro foi alertado sobre o aumento de descontos não autorizados nas aposentadorias e pensões em 2023 e levou quase um ano para tomar as primeiras providências.
Lupi foi o responsável pela indicação de Alessandro Stefanutto, que foi afastado e demitido da presidência do INSS na semana passada, após a operação da PF em conjunto com a CGU. Stefanutto estava à frente do INSS desde julho de 2023.
Fonte: G1 – *Por Thiago Resende./Foto: Humberto Sousa/TV Globo.