Pressionado pelo escândalo bilionário de fraudes no INSS, o ministro da Previdência, Carlos Lupi, presta depoimento, nesta terça-feira, na Comissão de Previdência da Câmara. Ao falar das acusações envolvendo a pasta que comanda, o pedetista apelou para metáforas bíblicas e outras tiradas para tentar esquivar-se da responsabilidade de ter sido avisado das irregularidades e não ter acabado com as fraudes.
Segundo Lupi, o Brasil é “uma sociedade que tem a vocação da esperteza” e que seria impossível ele, “ser humano, falível” ter lidado com a fraude bilionária no INSS, dado o tamanho do órgão, com milhares de servidores, e o gigantismo do sistema previdenciário: “Nem Cristo tinha esse poder”, disse.
“Na verdade, nós temos uma sociedade que tem a vocação da esperteza. A Lei de Gerson, nosso grande meio de campo. Todo mundo quer levar vantagem em tudo. Coibir isso a gente tenta, a gente luta, mas é mentira dizer que isso se resolve num estalar de dedos. Nem Cristo, que era filho de Deus, que escolheu doze apóstolos — tinha um traidor lá –, ele não tinha como controlar. Era o Cristo, o Deus e não tinha esse poder. Quem sou eu? Ser humano, falível”, disse Lupi.
As informações são da Revista Veja.
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
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