Os Estados Unidos alertaram para o risco de ataques extremistas nos próximos meses. Os atentados poderiam ter como elementos detonadores as eleições legislativas de novembro, a decisão da Suprema Corte sobre o aborto e a provável chegada de mais migrantes através da fronteira com o México.
O país já está imerso em um “ambiente de ameaça intensificada”. Esses três eventos poderiam piorar a situação, conforme advertiu nesta terça-feira (7) o Departamento de Segurança Nacional.
O órgão divulga uma avaliação da ameaça terrorista a cada três meses. Desta vez, sua análise teve maior repercussão devido aos temores de que inimigos externos ou internos possam usar o caos para enfraquecer os EUA.
– Nos próximos meses, esperamos que o ambiente de ameaça se torne mais dinâmico, pois vários eventos de alto nível podem ser usados para justificar atos de violência contra uma ampla gama de alvos – disse o Departamento de Segurança Nacional.
A lista de possíveis alvos inclui reuniões públicas, escolas, instituições religiosas, edifícios governamentais e a imprensa. Grupos extremistas dentro dos EUA representam a maior ameaça, segundo o Departamento, que citou como exemplo o massacre ocorrido em maio dentro de um supermercado em Buffalo, no estado de Nova Iorque. Na ocasião, um supremacista branco fortemente armado que tinha como alvo pessoas negras causou dez mortes.
Embora as maiores ameaças sejam internas, segundo o órgão, a Rússia, o Irã, a China e “outros adversários” como grupos terroristas, poderiam tirar proveito desse ambiente violento para enfraquecer o país.
*EFE