O vice-presidente Hamilton Mourão (REPUBLICANOS) comentou sobre o caso de assédio envolvendo o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. O pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul criticou as atitudes do economista.
Mourão fez questão de enaltecer o trabalho operacional de Guimarães diante da Caixa, mas também não aliviou a barra do ex-presidente em relação as denúncias de assédio sexual. Para ele, “houve uma falha na parte moral”.
– Em termos operacionais, o trabalho do Pedro foi muito bom, e a Caixa avançou bastante ao longo desses anos, mas, lamentavelmente, falhou nessa parte moral. E falhou feio – afirmou em entrevista na chegada ao Palácio do Planalto, nesta sexta-feira (1º).
Mourão ainda defendeu a conduta do presidente Jair Bolsonaro, que preferiu não se pronunciar publicamente sobre o caso. Ele acredita que o chefe do Executivo nacional não deve ter se contentado com a argumentação de Guimarães e pediu para que ele mesmo se demitisse, como ocorreu.
– Quando você recebe qualquer denúncia, você primeiro chama a pessoa, conversa com ela, ouve o lado dela. É o famoso “contraditório e ampla defesa”. A partir do momento que eu acho que as justificativas que o Pedro deu ao presidente não foram aquelas que ele julgava pertinentes, o presidente deve ter dito pra ele: “Por favor, peça pra sair”. Acho que foi isso que aconteceu – ressaltou.
O general do exército pontuou que o “assédio, a qualquer subordinado que seja, é inadmissível”. Por fim, elogiou a nomeação “muito eficaz”, de acordo com ele”, de Daniella Marques para o lugar de Guimarães.
– [São] 46 anos dentro das Forças Armadas, que é onde a gente atua dentro de honra, lealdade integridade e probidade. Qualquer tipo de assédio que é feito por superior sobre um subordinado é uma das piores coisas que pode acontecer. Não concordo em hipótese alguma. Ao longo da minha vida, se algum subordinado não estava atuando bem, eu sempre o chamei e procurei corrigir, e nunca assediá-lo – concluiu.
DENÚNCIAS
O ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, está sendo acusado por funcionárias do banco estatal de ter praticado assédio sexual contra elas em diversos episódios. De acordo com o site Metrópoles, que divulgou os relatos, o Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação para apurar a conduta de Guimarães com as colaboradoras.
Na reportagem, várias mulheres relataram toques íntimos não autorizados e abordagens inadequadas que teriam sido praticadas por Guimarães. Em um dos relatos, uma funcionária diz que Guimarães teria passado a mão em suas nádegas.
Por causa das denúncias, Pedro Guimarães pediu demissão do cargo na última quarta (29). No mesmo dia, Daniella Marques foi indicada à presidência do banco.
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