O Exército de Israel anunciou neste domingo (3) que especialistas do país irão examinar a bala que tirou a vida da repórter Shireen Abu Aqleh, do canal Al Jazeera, em 11 de maio.
As autoridades palestinas, que defendem que o disparo partiu do exército israelense, se recusaram a entregar a bala a Israel. No sábado (2), o projétil foi entregue aos Estados Unidos, sob a garantia de que análise seria feita pelos norte-americanos.
– Recebemos garantias do coordenador norte-americano de que o exame será realizado por eles e de que o lado israelense não participará – disse Al-Khatib, promotor geral da Autoridade Palestina, à rádio Voz da Palestina.
No entanto, Ran Kochav, o porta-voz militar de Israel, disse que os EUA participariam, mas não comandariam a balística.
– Não será uma análise americana, será uma análise israelense com presença americana – afirmou.
– Nos próximos dias ou horas ficará claro se fomos nós que a matamos acidentalmente ou se foram os homens armados palestinos. Se a matamos, assumiremos a responsabilidade e lamentaremos o que aconteceu – completou.
Shireen Abu Aqleh foi morta enquanto cobria uma operação do exército israelense no campo de refugiados palestinos de Jenin, na Cisjordânia. De acordo com o procurador palestino, trata-se de uma bala de 5,56 mm disparada de um rifle semiautomático Ruger Mini-14.
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