Em meio aos esforços para buscar uma saída diplomática para a guerra, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, propôs nesta terça-feira (28) uma reunião direta com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A proposta foi feita na véspera da viagem oficial de Zelensky à Alemanha e tem como objetivo destravar as negociações pelo fim do conflito. Segundo ele, a ideia foi comunicada tanto a Moscou quanto a Washington.
“Estamos prontos para nos reunir em nível de líderes. O lado americano sabe disso, o lado russo também. Podemos ter um encontro no formato ‘Trump, Putin e eu’, ou primeiro Trump-Putin, depois Trump-Zelensky, e então os três juntos”, afirmou Zelensky, em entrevista a veículos de comunicação ucranianos, segundo a agência Ukrinform.
O presidente ucraniano reforçou que o país defende um cessar-fogo imediato e incondicional de pelo menos 30 dias, como forma de abrir espaço para as negociações. Segundo ele, o envolvimento direto dos Estados Unidos seria essencial nesse processo.
“Por quê? Porque alguém precisa verificar o cessar-fogo. Confiamos nos Estados Unidos e na sua inteligência militar. Acreditamos que eles são bons nisso. Se os russos estiverem de acordo, então um encontro com o presidente Trump é importante”, explicou.
Zelensky disse ainda que, há mais de uma semana, espera que Moscou apresente suas condições para a trégua temporária, uma exigência feita não só por Kiev, mas também por países europeus e pelos próprios Estados Unidos.
A proposta de Zelensky surge em um momento delicado, com a guerra já se arrastando há mais de dois anos e sem sinais concretos de resolução. Ao sugerir um encontro com Trump — possível candidato republicano nas próximas eleições americanas — o presidente ucraniano parece também buscar garantir que, independentemente de quem esteja na Casa Branca, os Estados Unidos se mantenham como peça-chave nas negociações.
*Com informações da Agência EFE