Sem alarde, há um mês, o presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, dissolveu o diretório municipal do Recife, que era presidido pelo ex-deputado federal Mendonça Filho. Os aliados de Mendonça Filho viram no ato o desfecho de uma perseguição contra o candidato, que concorre em faixa própria com Luciano Bivar por uma vaga de deputado federal. As informações são do Blog do Jamildo.
Pelas regras do partido, a decisão deveria ser feita de forma colegiada, mas foi feita por ação unilateral pela Nacional. Mendonça Filho, então presidente, não foi comunicado da decisão e tomou conhecimento casualmente no TRE, por meio de um advogado do partido. A nomeação de Mendonça havia sido objeto de um acordo na fusão dos partidos, no final do ano passado.
O horário eleitoral gratuito tem sido outra dor de cabeça para os deputados que são mais competitivos no partido, como Mendonça Filho e Fernando Coelho. No começo do guia eleitoral, houve algum equilíbrio nas aparições, mas, nos últimos sete dias, relatam aliados, Mendonça e Fernando Filho saíram do vídeo, onde só aparece Bivar e os demais proporcionais.
Os aliados de Mendonça Filho contam que o episódio mais recente da perseguição tem sido a liberação de doações privadas para a campanha dele. Não se trata do dinheiro do fundo eleitoral partidário, mas sim de recursos que podem ser obtidos pelos candidatos junto a pessoas privadas. No caso, Mendonça Filho recebeu doações no valor de R$ 700 mil, mas Bivar travou a liberação e só repassou R$ 250 mil, numa suposta tentativa de asfixiar o “concorrente interno” na campanha para deputado federal.
Como o vice-presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, aliado de Bivar, não tem dado retorno às ligações de cobrança pelos repasses, o ex-ministro e candidato a deputado federal enviou uma documentação extra-judicial questionando os repasses, além de entrar na Justiça do Estado para recuperar o controle do diretório municipal.
Blog do Mário Flávio