Sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, o Partido Liberal (PL) avalia formar alianças com a legenda rival, o Partido dos Trabalhores (PT), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas eleições municipais de 2024. A ideia parte da cúpula do partido, embora enfrente resistência por parte da ala fiel a Bolsonaro. As informações são do jornal O Globo.
Os diálogos entre os dois partidos antagônicos acontecem em locais como Rio de Janeiro, Maranhão, Bahia e Ceará. Nesse último estado, por exemplo, o deputado federal Júnior Mano (PL-CE), cotado para concorrer à prefeitura de Maracanaú, estaria articulando uma parceria como o pré-candidato à gestão do município, Júlio César Filho (PT-CE). Os dois partidos estariam, inclusive, se unindo para criticar o prefeito Roberto Pessoa (União Brasil-CE).
No Maranhão, por sua vez, o deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL-MA) tem ensaiado uma aproximação com a base do ministro da Justiça Flávio Dino (PSB), que governou o estado até o ano passado, deixando seu cargo para assumir um posto no governo Lula (PT).
Entre os que são contrários a coligações do tipo, está o presidente do PL gaúcho, deputado federal Giovani Cherini (PL-RS). Em discurso na Câmara, ele garantiu que proibirá alianças com o PT em seu estado e sugeriu que o dirigente nacional, Valdemar Costa Neto faça o mesmo.
O senador Rogério Marinho (PL-RN) é outra figura do partido que foi taxativa ao dizer que aqueles que desejam se aliar ao PT nas eleições municipais devem buscar outro partido. Ele deu tal declaração na última quarta-feira (30), por meio do X, antigo Twitter. Na ocasião, o parlamentar comentava à decisão do PT de autorizar alianças com o PL em 2024, em texto aprovado na cúpula do partido.
– Na minha opinião, candidato a prefeito pelo PL que aceita essa aliança, deve procurar outro partido – escreveu.
Pleno News
Alexandre Almeida é jornalista profissional (DRT 7742/PE) e editor do portal Radar Político365. Possui experiência como ex-consultor de políticas públicas de juventude para a UNESCO e IBICT, além de ter atuado como assessor parlamentar na Assembleia Legislativa de Pernambuco.
