O presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou, nesta terça-feira, 26, o seu principal adversário, o ex-presidente Lula (PT), após ele ter sido incluído pelo governo ucraniano em uma lista de pessoas acusadas de divulgar informações consideradas como propaganda russa durante a guerra entre os dois países. O documento foi divulgado em 14 de julho pelo Centro de Combate à Desinformação da Ucrânia, órgão governamental criado para contestar informações divulgadas pela Rússia.
“Viu a Ucrânia botando o Lula no rol dos pregadores da desinformação sobre a guerra? Não é por causa de tomar cerveja para resolver o conflito, não. É outro problema. E acusam ele de estar à frente da NOM (Nova Ordem Mundial). Quer dizer, o pessoal vai entendendo a realidade”, disse a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
A lista contém 78 personalidades de vários países e as frases consideradas pró-Rússia pelo governo ucraniano, mas não cita Bolsonaro. Lula é o único brasileiro citado junto com duas frases atribuídas ao ex-presidente. Segundo o documento, o petista afirmou que a Rússia deveria liderar a “nova ordem mundial”. Não há, porém, qualquer registro que atribua a fala a Lula.