Na quinta-feira (18), a Sala de Imprensa da Santa Sé afirmou que o papa Francisco acredita que “não há elementos suficientes” para investigar por abuso sexual o cardeal canadense Marc Ouellet, prefeito do Dicastério para os Bispos, após a denúncia apresentada no Vaticano por uma antiga estagiária da diocese de Quebec. As informações constam em um comunicado.
– O papa Francisco declara que não há elementos suficientes para abrir uma investigação canônica por agressão sexual do cardeal Ouellet – disse o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, na nota.
Bruni explicou que estas são as conclusões após “a investigação preliminar encomendada pelo papa” ao padre Jacques Servais, teólogo encarregado de investigar o assunto. O religioso julgou que “não há elementos para iniciar um julgamento contra o cardeal Ouellet por agressão sexual”.
O diretor do escritório de imprensa do Vaticano também citou Servais e disse que a requerente não fez nenhuma “acusação que pudesse fornecer material para tal investigação”, “nem em seu relatório escrito enviado ao Santo Padre, nem no testemunho via Zoom” recolhido por este padre “na presença de um membro do comitê diocesano”.
Ouellet, um dos funcionários mais poderosos do Vaticano, é acusado de abuso sexual no Canadá por uma mulher que estagiou como agente pastoral de 2008 a 2010, de acordo com uma investigação da Rádio Canadá.
O nome do cardeal aparece em uma denúncia coletiva envolvendo 87 outros membros da igreja e trazida por 100 vítimas. Muitas das vítimas eram menores de idade na época de eventos, que ocorreram em grande parte nos anos 50 e 60.
Na época dos fatos, Ouellet era arcebispo e tinha a palavra final sobre contratações. A queixa contra ele foi apresentada diretamente ao Vaticano, em 2021. Embora tenha sido marcada uma reunião entre a Santa Sé e a vítima, um ano e meio depois a mulher afirma não ter sido informada dos resultados da investigação.
O cardeal foi chamado a Roma e nomeado em junho de 2010 como prefeito do Dicastério dos Bispos, órgão que seleciona altos funcionários da igreja e depois transmite os nomes dos escolhidos ao papa para uma decisão final.
*Radar Político365 com informações do Pleno News.
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