Debatido nos últimos anos e previsto em lei de 2017, o Novo Ensino Médio começa a ser implementado nas escolas públicas e particulares de todo o país, a partir de 2022. Tendo a Base Nacional Comum Curricular, o novo modelo de ensino define uma nova organização do currículo escolar e aumento da carga horária e ensino integral. É o que explica o coordenador geral de ensino médio, do Ministério da Educação, Fernando Wirthmann.
Segundo o Painel de Monitoramento do Ministério da Educação, até meados de dezembro, 20 estados, mais o DF, tinham os planejamentos curriculares das escolas estaduais aprovados pelos conselhos de educação. Os sete estados restantes aguardavam aprovação, todos nas regiões Norte e Nordeste. Membro do Conselho de Educação do DF e diretor do Sindicato das Escolas Particulares do Distrito Federal, Clayton Braga, avalia que as mudanças podem ajudar na qualidade dos profissionais, mais adiante.
No Distrito Federal, 12 escolas da rede pública já funcionam com o Novo Ensino Médio. Segundo a subsecretária de Educação Básica, Solange Foizer, em fevereiro, todas as escolas públicas, com primeira série do DF, estarão com o novo modelo implementado.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação é contra o modelo proposto pela lei de 2017. Segundo o presidente da entidade, professor Heleno Araújo, a confederação ainda luta para adiar a implantação do Novo Ensino Médio, em 2022. Na avaliação desses profissionais, existem pontos que precisam ser melhorados, porque promovem a desigualdade social. Um deles diz respeito ao ensino integral.
Em 2022, as mudanças são obrigatórias somente na primeira série do ensino médio. Em 2023, na segunda série. A expectativa é que todo o ensino médio já esteja modificado em 2024. Entre os itinerários formativos, cada estudante vai escolher uma ou mais áreas que quer seguir, de acordo com os interesses e necessidades pessoais. Esses itinerários se dividem em Matemática, Linguagens, Ciências Humanas e Sociais e Ciências da Natureza. Há, ainda, o quinto itinerário, que prevê a formação técnica e profissional.
De acordo com o Ministério da Educação, foram repassados cerca de R$ 2,5 bilhões aos estados e escolas. Um grupo de trabalho foi criado pelo MEC, para analisar o que muda nas provas de avaliação, como o Enem, Exame Nacional do Ensino Médio: até o momento já está definido que o formato da prova vai mudar e uma parte deve contemplar a avaliação relativa à Base Nacional Comum Curricular.
Da redação do Radar Político365 com informações da Rádio Agência Nacional.