O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), defendeu uma união entre partidos de esquerda nas eleições de 2022. Ele disse esperar que seu partido caminhe junto com o PT na disputa, desde que haja concessões recíprocas entre os dois partidos.
“A história ensina: quando os partidos progressistas se unem, o Brasil avança e a vida do povo melhora. Por isso, defendo que o nosso PSB caminhe junto com o PT, o PCdoB e outros partidos aliados, o que depende de perseverança, diálogo e concessões recíprocas”, escreveu Dino no Twitter.
Nos últimos dias, as conversas sobre uma possível federação entre PT e PSB esfriaram devido a entraves acerca das alianças estaduais, principalmente em São Paulo, onde o ex-governador Márcio França (PSB) e o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) são postulantes ao Palácio dos Bandeirantes.
A divergência fez Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, abrir negociações com o ex-governador do Ceará Ciro Gomes, candidato à Presidência do PDT, como revelou o Estadão na semana passada. Nesta semana, o filho de França, deputado estadual Caio França (PSB), chegou a publicar nas redes sociais uma foto com o livro de Ciro.
Recentemente, em entrevista ao Estadão, o presidente do PDT, Carlos Lupi, afirmou que uma aliança do PT e PSB não tinha como ocorrer. “Esse negócio do PSB com o PT não tem como dar certo, mesmo porque Lula, com 46% (das intenções de voto), acha que já está com a mão na taça.”
ALCKMIN
Uma possível aliança entre as duas siglas passa pela filiação do ex-governador Geraldo Alckmin ao PSB. Um jantar em dezembro marcou a aproximação entre o agora ex-tucano e Lula. O encontro foi visto como uma sinalização do petista de sua intenção de formar uma aliança que vá além da esquerda para derrotar o presidente Jair Bolsonaro.
Para sacramentar a união, o PSB quer o apoio petista em cinco Estados: São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O maior entrave, porém, é São Paulo, com Haddad, pelo PT, e França, PSB, na disputa.
Radar Político365 com informações do LeiaJá