Os Estados Unidos responderam ao líder da Venezuela, Nicolás Maduro, que manterão “intacta” sua política de sanções contra o país sul-americano até que sejam dados passos concretos para o “regresso à democracia”. A decisão foi passada à EFE, nesta segunda-feira (16), por um porta-voz do Departamento de Estado americano.
– Enquanto Maduro e seus seguidores continuarem reprimindo o povo venezuelano e desviando recursos para práticas corruptas, continuaremos pressionando o regime com sanções – afirmou.
Maduro pediu, na última quinta-feira (12), ao presidente dos EUA, Joe Biden, que suspendesse “todas as sanções” aplicadas à Venezuela que, segundo ele, são “criminosas”.
Em sua resposta, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA instou Maduro a se sentar com a opositora Plataforma Unitária para “resolver os problemas da Venezuela e restaurar a democracia e o Estado de direito” no país.
– Nossa política de sanções à Venezuela permanece intacta. Continuaremos a impor sanções à Venezuela para apoiar o regresso à democracia – ressaltou.
Na semana passada, Maduro disse que nos últimos oito anos “o imperialismo e seus débeis e extremistas lacaios roubaram da Venezuela a quantia de 411 milhões de dólares (mais de R$ 2 bilhões) por dia”, o que qualificou como “roubo criminoso”.
O governo Biden condicionou o alívio das sanções aos acordos que Maduro fizer com a oposição nas negociações que estão ocorrendo na Cidade do México.
Os Estados Unidos deixaram de reconhecer há duas semanas a presidência interina do opositor Juan Guaidó na Venezuela, mas também não reconhecem o governo de Maduro como legítimo.
*EFE