Liderança política em ascensão, João Campos (PSB) consolidou-se nesta última semana como o maior nome do PSB em Pernambuco e uma das principais do país. Isso porque o ex-governador Paulo Câmara resolveu encerrar o seu ciclo no partido. Na sua carta entregue à legenda, Paulo faz agradecimentos públicos aos presidentes nacional e estadual da legenda, mas não cita João, único prefeito socialista a comandar uma capital.
“Ao tempo que finalizei a honrosa tarefa de ser governador de Pernambuco também avaliei concluída minha história partidária junto ao PSB. Quero agradecer a todos os companheiros e companheiras de partido que sempre estiveram ao meu lado nesse período, nas pessoas do nosso presidente nacional, Carlos Siqueira e estadual, Sileno Guedes”, disse o ex-governador Paulo Câmara.
Nos bastidores, João Campos vem sendo acusado de minar o nome de Paulo Câmara para ocupar um ministério. Até pouco tempo, ele era nome natural no processo de indicação, não só por reconhecimento ao período em que esteve à frente do Palácio do Campo das Princesas, mas também pelo fato de ser um dos responsáveis pela reaproximação do PSB com o PT.
João agora tem como missão reorganizar o campo progressista, que marchou dividido durante a última eleição, em torno do seu nome. Não só para tentar a reeleição em 2024, mas para reavivar o legado deixado por Eduardo Campos e disputar em 2026 o Governo de Pernambuco contra Raquel Lyra (PSDB), que dá os primeiros passos para construir sua própria marca.
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