O ex-presidente da Bolívia Evo Morales confirmou neste domingo (24) sua candidatura às eleições presidenciais de 2025 na Bolívia e destacou que foi “obrigado” a tomar esta decisão, em meio à divisão dentro do partido governista, o Movimento ao Socialismo (MAS).
– Eles me convenceram de que vou ser candidato, me obrigaram, claro que as pessoas querem, mas estão me forçando, tantos contra Evo, a direita, o governo, o império – disse Morales.
O líder do MAS alegou que é alvo de uma campanha “suja”, uma vez que a oposição o chama de “traficante de drogas” e o governo do presidente Luis Arce e do vice-presidente David Choquehuanca o assinala como “rei da cocaína”. O ex-presidente lamentou que Arce, que foi ministro da Economia durante o seu governo, não tenha avançado “absolutamente nada”.
O anúncio de Morales ocorre poucos dias antes da realização do congresso nacional do MAS, que será de 3 a 5 de outubro, no Trópico de Cochabamba, um de seus redutos políticos, que também tem sido foco de disputa entre os membros do partido governista.
A direção do MAS, próxima de Morales, acusou o governo Arce no último sábado (23) de supostamente pressionar o Tribunal Supremo Eleitoral por intermédio de alguns dirigentes para tentar invalidar o congresso do partido. As disputas internas no movimento começaram no final de 2022 com críticas à gestão do governo e denúncias de corrupção contra alguns ministros.