O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), continua tomando medidas que favorecem diretamente investigados da Operação Lava Jato. Ao longo da última semana, o magistrado anulou todas as decisões do ex-juiz federal Sergio Moro e os atos da força-tarefa da Lava Jato contra 23 alvos de investigações ligadas ao ex-governador e atual deputado federal pelo Paraná Beto Richa (PSDB).
Nesta sexta (8), o ministro da Suprema Corte proferiu mais seis decisões similares sobre a Lava Jato e ampliou a quantidade de favorecidos com o “revogaço” para 32. Em resumo, foram beneficiadas mais seis pessoas e três empresas que tinham sido afetadas por uma apuração da Lava Jato que atingiu Richa, a Operação Integração.
Em dezembro do ano passado, Toffoli apontou manipulações, atuação ilegal e “conluio” entre Justiça e MPF para anular processos contra o deputado federal paranaense. Já entre os beneficiados desta sexta estão o ex-chefe de gabinete Beto Richa, Deonilson Roldo; o ex-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER), Nelson Leal Júnior; além das empresas Triunfo, Econorte e Rio Tibagi.
O revogaço do ministro, porém, pode ser ainda maior, já que seis pedidos semelhantes, feitos em nome de nove pessoas, aguardam decisão de Toffoli.
Além de Richa, os despachos emitidos na terça (5) e na quinta (7) beneficiaram a esposa dele, Fernanda Vieira Richa, e o filho do casal, André Vieira Richa. As decisões também favoreceram o contador do ex-governador, Dirceu Pupo; um ex-assessor de Richa, Ricardo Rached; um suposto operador de propinas do tucano, Jorge Theodócio Atherino; e o advogado Rodrigo Tacla Duran.