O Instituto Nacional de Cinema da Argentina (INCAA), órgão público destinado a promover a produção cinematográfica no país, vai sofrer um corte acentuado em seu orçamento no governo do presidente Javier Milei.
De acordo com um documento ao qual a Agência EFE teve acesso, nesta segunda-feira (11), o presidente do INCAA, Carlos Pirovano, suspendeu “todos os gastos econômicos vinculados ao apoio e às contribuições institucionais”.
O instituto decidiu não renovar os contratos de trabalho em vigor até o próximo dia 31 de março. Além disso, a presidência do INCAA concordou em suspender o apoio econômico das províncias à indústria cinematográfica.
A administração do INCAA também decidiu suspender o pagamento de horas extras aos funcionários do órgão, bem como a suspensão de viagens dos funcionários.
O INCAA também ordenou a rescisão dos contratos telefônicos dos empregados da entidade, as despesas relacionadas à representação dos funcionários e os serviços adicionais de segurança em seus imóveis.
Durante a última campanha eleitoral e em seus primeiros meses como presidente, Milei expressou, em várias ocasiões, propostas de cortar gastos com o INCAA e outras organizações culturais públicas.
O corte no financiamento fazia parte do projeto da Lei de Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos, mais conhecida como Lei Omnibus (do latim, “para todos”; em português, ônibus), rejeitada em fevereiro pelos deputados do país.
*EFE