A defasagem do preço da gasolina no Brasil em relação ao praticado no mercado internacional chegou a 18% nesta segunda-feira, 8, em meio à disputa pelo comando da Petrobras, registrou O Globo.
Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a disparidade em relação aos preços do diesel é de 13%.
A diferença reflete a escalada do preço do barril de petróleo tipo Brent, que ultrapassou a barreira dos 90 dólares na semana passada, e amplia a pressão por reajustes.
Os economistas do banco JP Morgan projetam que o preço do barril de petróleo poderá chegar a 100 dólares até agosto ou setembro.
A presidência da Petrobras
No final de semana, o presidente Lula (PT) deveria ter se encontrado com os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia, para discutir a permanência de Jean Paul Prates à frente da estatal, mas o encontro não aconteceu.
A reunião foi remarcada para esta segunda-feira, 8, às 18h, no Palácio do Planalto.
Prates está no centro das atenções com diversos rumores sobre a saída dele do cargo. Aloizio Mercadante, presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento e Econômico e Social), tem sido o nome mais repetido como possível substituto.
As condições de Silveira para a permanência de Prates
Como mostrou O Antagonista, mesmo com o cancelamento de uma reunião entre o petistas e ministros para discutir a crise na petroleira, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, teria falado com o presidente por telefone e defendido a permanência de Prates no cargo, mas com condições.
A longevidade do atual presidente da estatal na posição estaria condicionada a uma mudança de comportamento.
Entre as principais críticas está o que é visto por parte do governo como a postura subserviente de Prates ao mercado financeiro, que ficou exacerbada na abstenção dele durante as discussões sobre a distribuição de dividendos extraordinários no Conselho de Administração da estatal.
Silveira reclama ainda da sabotagem de Prates contra a pauta de biocombustíveis no Congresso Nacional. O presidente da Petrobras estaria tumultuando as discussões do PL (Projeto de Lei) dos “combustíveis do futuro”, com a insistência da inclusão do diesel co-processado.
Fonte: O Antagonista.
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