Durante a Reunião Emergencial Especial da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o embaixador brasileiro na organização, Ronaldo Costa Filho, condenou o ataque russo contra a Ucrânia. Segundo ele, a invasão russa vai “contra as normas e princípios mais básicos”.
Ele também pediu um “cessar-fogo imediato na Ucrânia”.
– Essa situação não justifica de forma alguma o uso de força contra a soberania e integridade territorial de qualquer Estado-membro. Vai contra as normas e princípios mais básicos e é uma violação clara da Carta da ONU (…) O Brasil reforça seus pedidos de um cessar-fogo imediato na Ucrânia, bem como o respeito pelo direito humanitário internacional – apontou.
O ataque da Rússia à Ucrânia ocorreu na madrugada do dia 24 de fevereiro. O anúncio da “operação militar no leste da Ucrânia” foi feito pelo presidente russo, Vladimir Putin, em um discurso transmitido na televisão. De acordo com ele, o objetivo era “proteger as pessoas que são submetidas a abusos, ou genocídios em Kiev nos últimos oito anos, e, para isso, buscaremos desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia e levar à Justiça aqueles que cometeram vários crimes sangrentos contra pessoas pacíficas, incluindo cidadãos russos”.
Durante seu pronunciamento na ONU, Ronaldo Costa Filho também criticou as sanções promovidas contra a Rússia e o fornecimento de armas para a Ucrânia.
– De igual importância é o nosso pedido a todos os envolvidos que reavaliem as suas decisões sobre o fornecimento de armas, o recurso de ataques cibernéticos e a aplicação de sanções seletivas, principalmente aquelas que podem afetar a economia global, incluindo a área crítica de segurança alimentar – destacou.
O embaixador ainda pediu “soluções construtivas”.
– Esse é o momento para os principais das Nações Unidas trabalharem juntos perseguindo um dos principais objetivos da organização, que é nos salvar da guerra. Nós precisamos ser cautelosos na Assembleia Geral e em outros contextos – ressaltou.