Nesta sexta-feira (12), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o episódio envolvendo uma suposta “Abin paralela” foi uma “deslealdade com a sociedade brasileira”. Para o parlamentar, quem cometeu esse crime deve ser considerado um “traidor da pátria”.
A declaração foi dada durante participação no 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).
– Eu espero muito que o Poder Judiciário e os órgãos de persecução criminal possam esclarecer, garantindo o contraditório, a autodefesa e o devido processo legal a esses investigados, mas que possa dar efetividade à punição dessas pessoas, porque de fato foi uma deslealdade com a sociedade brasileira o que nós vimos acontecer na Abin – ressaltou.
Uma investigação da Polícia Federal (PF) apontou que agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teriam usado ferramentas de espionagens para monitorar autoridades, jornalistas e outras personalidades. De acordo com a corporação, o caso teria ocorrido no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
– O que nós presenciamos foi realmente o uso clandestino e marginal de informações da Abin para poder perseguir pessoas. A se confirmar isso que aconteceu na Abin, a partir da prova do processo, é algo realmente muito grave e, de fato, se, no passado, já se falou nesse nível de acontecimento como pessoas alopradas, eu reputo que são mais traidores da pátria do que aloprados – apontou o presidente do Senado.
Entre os nomes que teriam sido monitorados estão os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal; o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL); e outros.